Ansiedade e psicanálise é um tema interessante para quem deseja entender o comportamento e a mente humana. A psicanálise aborda e acredita que nossos comportamentos e nossos sentimentos são basicamente controlados pelo inconsciente, ou seja, pelo que desejamos inconscientemente.
A Ansiedade é um fenômeno recorrente nos dias atuais, muitas vezes, estimulado pela pressão no trabalho ou na família.
Será que a ansiedade pode ser tratada pela psicanálise? Como o profissional pode ajudar o paciente? Confira mais detalhes no texto!
Inconsciente, ansiedade e psicanálise
Para o individuo ter acesso ao inconsciente é preciso se utilizar dos instintos, anseios e impulsos, e estes, desprendem energia para as
suas ações.
Distúrbios e instintos se alojam no inconsciente e afetam o individuo, cabendo, assim, ao psicanalista, levar esses conflitos, ou estes conflitos arraigados no inconsciente, por meio de três ações: atos falhos, associação livre e interpretação de sonhos.
A base da psicanálise está, portanto, no estudo do inconsciente pois no meio social instintos e impulsos não são bem aceitos, por isso a tendência é abafá-los, entretanto dentro da sessão de análise, isso é visto com o olhar necessário para entrar no contexto da cura, sendo que, fatalmente, isso leva o sujeito, ou, o paciente, a um lugar de desnível do inconsciente.
A Livre associação que é o falar livremente sobre suas questões e a interpretação de sonhos como sendo um ponto crucial, pois traz atos do inconsciente e isso pode ser de grande ajuda quando se fala em ansiedade e psicanálise.
Sonhos e psicanálise
Vale citar, que a psicanálise na pessoa do psicanalista deve possibilitar ao paciente a cura por meio de ações descritas acimas, como a interpretação de sonhos, que é um ponto crucial pois são atos do inconsciente do indivíduo, onde ele trás para a realidade do consciente traumas guardados.
Retomar e analisar tais sonhos, possibilita ao psicanalista uma análise profunda e apurada sobre problemas desse paciente. Os sonhos quando bem avaliados, interpretados e analisados, possibilitam a cura do paciente.
O atos falhos são as formas de agir ou ainda palavras que foram ditas sem querer, que devem ser levadas em consideração. Muitas vezes o paciente não tem noção de que muitos problemas que carrega, vem de formas de agir atreladas a si. São comportamentos inesperados que tem uma origem interior profunda.
Já a livre associação é o falar livremente e são nesses momentos de fala, que o paciente revela suas emoções, pensamentos e querer, dessa forma, o psicanalista se vale dessas informações e o paciente, por meio do entendimento pode ser curado.
Ansiedade e psicanálise: ressignificação
O grande objetivo da psicanálise, é, portanto, trazer sofrimentos reprimidos para o estado consciente, para a realidade. Dessa forma, o paciente tem a oportunidade de se perceber e de começar a mensurar as causas e os porquês de determinados traumas e tristezas profundas.
Os traumas são ressignificados, o paciente não os esquece, mas tem um novo olhar e estabelece novas expectativas diante das lembranças antes de dor, possibilitando uma vivência livre de prisões, desse modo, ele não apaga da memória, mas torna-se uma cicatriz que tem as lembranças mas não mais a dor antiga.
Esta, passa a ser olhada como um meio para a cura e para uma vida plena. Quero tratar neste trabalho ainda, da ansiedade, apenas de forma mais breve. Para Freud ela é um estado que alerta uma pessoa de perigos iminentes e é muito perceptível.
Ansiedade neurótica e ansiedade moral
A ansiedade neurótica é a apreensão diante de um perigo desconhecido ou diante de figuras de autoridades pois na infância sentiu medo de uma submissão excessiva e punições inapropriadas.
Vem do medo da punição e é generalizado para outras pessoas na fase adulta como chefes, por exemplo. A ansiedade moral vem do conflito do ego e superego.
Este, se estabelece por volta de 5 ou 6 anos, vem do conflito e exigências irrealistas do superego, essa ansiedade pode surgir se houver a necessidade de fazer algo errado. O indivíduo sente a necessidade de fazer algo moralmente errado e o superego o faz ter culpa ou sentir vergonha de algo que a sociedade tem por correto e ele deixa de cumprir.
Dentro dessa vertente, há inúmeros casos a serem citados mas não soa regras específicas que todos os casos aconteçam com todos os pacientes.
Ansiedade realística
A ansiedade realística é definida como um sentimento não especifico e desagradável como situações que trazem perigo real mas imaginativo, uma ameaça de uma rua deserta por exemplo. Uma pessoa andando por esta rua sente-se ansioso. Essa ansiedade é comumente confundida com o medo mas nesse caso não é.
Medo é quando percebe-se, por exemplo, um ladrão nesta rua escura. O que vem antes do medo é a ansiedade pelo que a rua faz o indivíduo sentir. A ansiedade não envolve uma ameaça específica, o medo si, como o exemplo acima.
Os três tipos de ansiedade que vivemos raramente são separáveis e normalmente se combinam, uma fia atrelada a outra, conectadas. Na atualidade, milhões de indivíduos sofrem com essa patologia, o que tem abarrotado os consultórios terapêuticos e psiquiátricos, e cada vez mais a sociedade se vê dentro dessa roda gigante, necessitando de ajuda.
Ansiedade e psicanálise como tratamento
Ainda há muito o que se desenvolver quando falamos de mente humana. A psicanálise, como visto anteriormente, tem sido de grande ajuda para muitas pessoas.
A ansiedade é, sem dúvida, um mal que acomete mais e mais pessoas no mundo contemporâneo.
É perceptível, no entanto, que milhares de pessoas ainda não se veem nessa condição de sentirem que precisam de cuidados da medicina e confundem tal patologia como algo passageiro, o que acarreta num acúmulo de outras situações que aumentam não apenas o nível de ansiedade, bem como, inicia-se outras patologias associadas.
Texto produzido por Dulcemara Nunes, exclusivamente para o blog Só Psicologia!
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